quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Olhar


Queria ter a simplicidade das crianças
Esperteza da professora
Garra do vendedor ambulante
Coragem dos loucos...
-
Ser, simplesmente
Ver a vida com o olhar do Charles Chaplin
E tudo ser poesia.
-
A guerra virar balé
E a revolução industrial uma peça
Extrair poesia da simplicidade do dia a dia
-
E sorrir.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Ar...


É o que me falta agora.
Queria eu, ser como o vento
Feita de ar,
Leve.
Entrar em cada brecha
E quem sabe colocar pipas no céu,
Com certeza brincaria com muitos cabelos
E algumas saias
Mas o melhor é ser leve e voar
Longe, muito longe
E alto,
Para lá ...
onde tudo fosse pequeno demais para me alcançar.


-

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Para temperar: amigos

Lembrar de bons momentos é muito agradável, de repente agente se pega sorrindo sozinha em uma tarde qualquer.
Lembrei de uma velha amiga, hoje devido a vários fatores estamos afastadas mas tínhamos o hábito de conversar na cozinha dês da adolescência. Ingredientes, alho, pimenta, vinho, risadas e uma colher de pau.
Nossa e como preparávamos boas conversas e boas comidas, ta certo que as conversas as vezes eram melhores do que as comidas, mas o que valia mesmo era a diversão.
Desde criança aprendi que amigos de verdade nós recebemos na cozinha, porque a magia da casa se encontra ali e concordo, amigo tem intimidade, dá pitaco, ajuda, prova o que você faz de bom e de nem tão bom, amigo participa dos nossos erros e acertos e a cozinha nada mais é do que um “experimentalismo”, e quer sabor melhor do que experimentar com quem agente ama?
Gostei de ter lembrado de nós duas e dos nossos sabores e cores daquela época. Muita coisa muda de sabor e cor conforme os anos, mas acredito que a essência permanece.
(uma fotinha que roubei do seu orkut)

sábado, 17 de janeiro de 2009

Calar

Tudo desanda, e meu compasso descompassa.
Tinha tudo pra ser perfeito, mas não foi.
Começou cedo e será longo.
5h27am, dentro do furacão.

-Socorro, gritei.
Estava afônica,
Ninguém ouviu.
Agora me sento a margem e espero passar.
-Psiu, silencio! Não há mais o que falar.
...
Então corro para um lugar alto
E sinto o vento me acariciar
.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Achei

Achei que tivesse sido clara ao dizer, que soubesse me expressar, que articulasse bem palavras.
Achei que meu abraço te confortava, que envolvesse tua dor e a tirava dali.
Achei que meus beijos fossem segurança, que lhe diziam do amor que quero viver.
Achei que caminhar do seu lado era para ser um longo caminhar, porque não precisamos correr, achei que era seguro também para você.
Achei que nossos planos fossem concretos, nossos sonhos fossem projetos.
Achei que meu futuro tinha haver com o seu, e achei que achava também.
Mas na teoria do achismo não sabemos achar a realidade no meio da utopia do desejo.
Acho que acharei sempre uma maneira de achar que achando algo acharia a mim.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

... (2)

Já não julgo, já não espero. Vou tratar apenas de sorrir para o incerto e observar detalhes da sua vida como leitora e não personagem.
Sigo só e na minha mala acompanha-me boas lembranças.Tristeza, agora é saudade; continuo acima do chão como não achei que conseguiria.
A cima do chão e abaixo do céu, eu sigo esta estrada que não sei aonde termina, e uma névoa não me permite ver adiante.
Mas que seja uma coisa e depois outra para que eu possa absorver a essência, colecionando momentos e montando minha história.
Enquanto isso, eu tento me despir de você.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Oferta

Ofereço-te meu silencio e vazio. Não aquele que não diz nada, mas aquele que tudo diz sem palavras.
Ofereço-te em uma bandeja meu vazio que não quer mais entristecer, mas quer preencher qualquer incógnita que ainda aja. Varrer dúvidas e ser também o teu vazio repleto de significados.
Este meu vazio não se enxerga, é o meu segredo. Mas tão sólido ele é que se torna um mudo a parte deste.
Ele não se vê, se sente. Não explica, se entende. Embriaga.
Ofereço-te assim, meu vazio tão completo que sem ele me falta ser.
Ofereço-te, como uma espécie de convite. Como um ser eu em você. Como um ser você em mim.

Leva o que é teu.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009


Traços e Retas
Círculos, círculos, círculos...
Inconstantes e disformes
Retas?
De qual ponto a qual ponto?
De onde partir, aonde chegar?
A distância mais curta é uma reta,
Mas não tenho pressa.
Círculos!
Ir e voltar?
Deve se ir para voltar?
Com dois círculos interligados vejo o infinito.
O que não tem fim?